sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Lobisomem o Apocalipse - Cronicas da Filadélfia - Tim Thomas (2)

  


Para aquecer os motores, vamos contar um pouco da vida de uma das personalidades mais icônicas da Cidade da Filadélfia, um mendigo que passa invisível pela maioria dos lugares, mas que na verdade é um ancião Garou que trabalha duro para manter o Caern a salvo de perigos sem fim.

Tim Thomas - Roedor de Ossos - Theurge - posto 5 

Prelúdio Tim Thomas - a história não contada.


Uma noite de explicações

Parte 2



O que foi filho? O gato comeu a sua língua? Ou não sabe nada do seu pai? Anda cacete desembucha...

- Só sei que aquele desgraçado me largou - retrucou o adolescente a provocação do velho.


- Opa!!!!! Pera lá seu merdinha, tá achando que isso aqui é um puteiro pra vc falar como quer? 

E não faz birra que num sô sua mãe! - o velho esperou o garoto aquietar a revolta para continuar - seu 

pai foi um herói, é isso mesmo... nem sacode a cabeça, porque nem você e nem sua pobre mãe

conheceram seu pai como eu...


- Se ele é tão bom assim porque ele foi embora? - as lágrimas rolaram e o mendigo esperou.


- Ele não foi embora garoto, ele morreu! - a tristeza dominou o velho. Tim lembrou como um flashback

 do jovem e promissor andarilho do asfalto, morto em combate contra a pentex. Todos os sonhos

daquele garou se foram com tiros de grosso calibre banhados em prata, nada pode ser feito. A 

covardia do inimigo levou muitos outros da mesma forma. Só que agora o Tim pode fazer alguma 

coisa. - Ele, o teu pai, estava apaixonado por sua mãe e ia apresenta ela pra sei... família, isso família!


-Deixa de ser mentiroso coroa! Tu só tá de onda com a minha cara!


- Queria eu menino... conheci o Owen ele parecia muito você, branquelo e sem sal junto da negada... 

jogava um basquete de deixa o povo brabo de jogar contra ele. - o velho voltou a sorrir com as boas 

lembranças, a voz rouca se tornou amena como um pai falando das meninices de um filho.


- Meu pai... Sério?! - questionou o adolescente incrédulo, reprimindo a emoção crescente.


- Owen Jackson! Nome de jogador! Um bom rapaz, meio rebelde... mas quem nunca? Hehehehe... 

que garoto. Qué uma bala?


- Não era a última seu velho caduco? - o garoto retrucou secando discretamente as lágrimas no casaco. 

Os dois riram descontraindo o ambiente até o ratazana aparecer de novo. - porque você não mata esse rato?


- A trudy? Porque diabos eu faria isso? - se espantou o velho - Ela deixou eu ficar aqui e eu retribuo 

matando a coitada?! Ora essa? Quando cheguei aqui ela já estava aqui, era a dona do pedaço, nada 

que queijo e papel pra tóca não a convecesse de me deixar ficar... sabe prefiro dormir a céu aberto 

vendo estrela ou dançando na chuva, sacô, dançando na chuva, essa é boa... mas o inverno desse 

ano... vai ser duro muleque por isso recolhi essas coisa pra passar um período longo. Prédios 

abandonados são um bom artifício e daqui dou uma boa olhada no parque, gosta do parque?


-Claro que não, ninguém vai lá! - o menino respondeu, ainda surpreso pelo rato com nome e a 

quantidade de coisas que tinham naquele cômodo. Ficou observando o velho mexer no terceiro 

armário, que abriu ruidosamente, se agachou mexendo em caixas de papelão resmungou algumas 

coisas e exclamou um "Achei!" Bem sonoro. Sem ver o que exatamente, o mendigo tinha nas mãos 

por culpa da porta de ferro ainda aberta, mas a cara de alegria do velho desdentado fez o menino rir 

de canto de boca, achando graça dele.


- É, sabia que estava aqui! Então Josh, isso foi do seu pai e eu quero que fique com ele... - estendeu 


um cordão rústico com uma pedra entalhada pendurada - mas antes vamos nos apresentar 


formalmente, até porque espero que as coisas mudem entre a gente! Eu sou Tim; Tim Thomas - falou 


estendendo a mão direita encardida, o garoto exitou por um instante mas comprimento tim com um 


aperto de mão firme.


- Josh McCoy!


- Pronto seu McCoy, isso é importante! Não perca, não jogue fora e não mostre pra sua mãe... Porque 

acho melhor ela sentir raiva e não querer saber a verdade, ela não entenderia como você pode 

entender... Esquisito né? Você não viu nada, hehehe! Preciso te contar sobre a família do Owen, do 

cuidado e carinho que ele teve com tua mãe mantendo ela longe da gente! É eu sou meio que teu 

parente, beeeemmm distante... e a gente é tudo barra pesado, no bom sentido é claro. Fazemos o 

Fred parecer uma borboleta...


- Então vocês são da máfia?


- Que máfia muleque!!!! Presta atenção que o papo é sério... me faz ri não! Vou te contar uma 

historinha, quando o mundo era jovem deus, ou deusa, que faz muio mais sentido, criou uns 

guerreiros brabo pra caramba pra proteger tudo, e a gente descende dessa galera ai, sacou? Sua 

mãe não, tem cheiro de gente, mas a gente não, agente tem cheiro de...


- Você fede a esgoto coroa! Deus me livre cheirar igual a você.


- Não me interrompe seu merdinha!!! Se não eu quebro teus dentes... onde eu tava mesmo, ah sim, 

a gente de guerreiro tipo lobo. Sabe?


- Sei não?


- Koé muleque, ajuda ai!


O garoto incrédulo, ficou olhando  Tim que estava de pé e de braços abertos mexendo a cabeça,

tentando encontrar uma palavra melhor com uma careta. Porém mesmo se esforçando muito, não 

deu certo.


- Tipo... meio lobo!


- Quê?


- Como o QUÊ? Já falei.


- Falou não!


- Falei sim!


- Na moral Tio ou primo Tim, tu é muito doidão, valeu ai pelo presente e por não deixar o Johnson me 

quebrar, só que a gente ta aqui a um tempão e já vi que tu é um cara legal, mas mano, to até com 

medo de onde isso vai parar, então  me libera aí de boa, porquê...


- Senta ai Josh! Eu nao acabei - toda a firmeza do garoto se esvaiu e ele sentou pesadamente na  cadeira

de olhos arregalados. - Seu pai salvou minha vida mais de uma vez, devo isso a ele, por isso 

te protegi durante esses doze anos, mas a família precisa de ajuda e como tu é valentão de entrar pro 

crime cedo assim, então tem que ser forte pra verdade. - Tim andou pra porta abriu e olhou pra fora, 

viu que os caras da gangue tinham ido embora como orientou o fred, fechou a porta ficando entre ela 

e Josh.



- Deixa eu te mostrar uma parada muleque! - riu Tim sabendo que os gritos não seriam ouvidos...


<<< Cenário Filadélfia <<< Parte 1 Parte 3 >>>




sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Lobisomem o Apocalipse - Cronicas da Filadélfia - Tim Thomas (1)

 


Para aquecer os motores, vamos contar um pouco da vida de uma das personalidades mais icônicas da Cidade da Filadélfia, um mendigo que passa invisível pela maioria dos lugares, mas que na verdade é um ancião Garou que trabalha duro para manter o Caern a salvo de perigos sem fim.

Tim Thomas - Roedor de Ossos - Theurge - posto 5 

Prelúdio Tim Thomas - a história não contada.

Imagem ilustrativa

 


 

Nome: Tim “encontra ossos” Thomas  (música Tema)

idade: 55 anos

Tipo sanguíneo: O

Nome Mãe: Sharlene

Status Social: Mendigo

Classe Social: miserável

Altura: 1,75 m 

Peso: 60 kg 

 


Uma noite de explicações

 

Parte 1

 

O adolescente entrou empurrado pela entrada da porta e seus protestos foram abafados com a batida da porta nas suas costas. O ambiente a meia luz feita por uma luminária, com lâmpada incandescente a direita sobre a escrivaninha, não era proposital para dar um ar aconchegante, mas uma forma improvisada de ter luz naquele cômodo desorganizado e cheirando a mofo. Apesar de extremamente tenso e revoltado o garoto tentou mostrar firmeza e não reclamou ao ver uma ratazana do tamanho de um gato roendo calmamente alguma coisa em cima do armário até do velho mendigo que coçava a barba enquanto lia as atitudes do recém chegado.

- Senta aí Filhote, relaxa, nosso papo vai demorar... - o mendigo falou com voz rouca, mas amistosa.

- Tenho nada pra conversar contigo coroa!

- Ah, mas isso é o que nós vai vê, né?! Qué bala? Tú é muito criança, deve ter uns 9 ou 11 anos, gosta de bala ainda?!

- Eu tenho 12!!!

- Nossa que velho... - riu o coroa olhando pra bala sendo desembrulhada, fazendo mais barulho que o normal. A calma do velho fez que o garoto relaxasse um pouco também, porque os caras da gangue tinham tanto medo desse coroa? Resolveu sentar pra mostrar que não tinha medo e o velho voltou a falar enquanto levava a bala na boca - Já que você não quer, eu quero. E muito, sabe porque? Porque é a última, e últimas coisas tem mais valor... tá me entendendo?!

- To não! Sabe velho, eu não tenho medo de você... os caras se cagam de você porque não te conhecem...

- Acho que é exatamente ao contrário filho... bem ao contrário... mas se você já está conversando é bem melhor, porque conversando chegamos em algum lugar, né mesmo?! - se riu mais ainda o velho brincando com a bala babada entre os poucos dentes. - Mas quem tem medo de mim, tua gangue? Eles não tem medo não, aprenderam a respeitar o que as gangues anteriores aprenderam a temer... Com razão - o riso estático, mas com os olhos apertados, que viam além do presente. Talvez não no passado talvez não no futuro, talvez viam tudo os dois.

- Tá, ok, você quer conversar, pode mandar. Fala o que quer pra eu ir embora, eu to perdendo dinheiro parado aqui contigo. - o Garoto se acomodou displicentemente na cadeira mostrando falta de interesse no assunto.

- Tá, vamos pular o blá blá blá pra eu não te atrapalhar né mesmo?! Tua gangue te trouxe aqui, porque teu chefe, o líder da gangue me deve uma e ele ia te dar um PAU, por mim... Mas eu gastei minha ficha com ele trocando a coça que eles iam te dar, pra em vez disso ter uma conversinha comigo... Então aproveita e fica quétinhu ai neném, porque ele me fez prometer que se eu visse que não ia dar certo a conversa, pra eu falar com ele que eu prefere muito mais a coça bem dada... e Você muleque nunca viu alguém que tenha levado uma coça do Fred... a não, não viu não!!! E num arregala esses olhos ai pra mim não - se riu o velho levantando da cadeira com muita calma e abrindo a gaveta puxando um sachê mofado - Qué chá? Vou entender esse silêncio como um não...

- Tú é maluco Coroa? Porque acha que eu vou acreditar nisso?

- Ah, precisa acreditar em mim não... Vai ser até melhor pro Fred... Quem diria que aquele menino ia espichar assim, né? Forte, comandando a própria gangue, hehehehe – o velho ligou uma chaleira elétrica bem antiga, colocou o sachê dentro de uma caneca rachada que falta um pedaço na borda. - Já vi muitos igual a ele, pena que morrem de repente... muito triste! Mas você, você é diferente.

 

O Mendigo continuou de costas para o garoto que dessa vez estava mais interessado no assunto, e ficou em silêncio arrumando a bagunça da estante pra ter espaço para as ideias do menino fluírem na direção certa.

- Você lembra na semana passada, que você ameaçou um garoto que revirava o lixo na rua 3 perto do parque??? Você puxou um canivete e falou, "ei pivete, vaza desse caralho, que mendigo aqui atrapalha minha área" daí ele tentou falar alguma coisa pra você e você correu atrás dele com o canivete na mão?! Pois é! Eu vi! E não gostei... Falei com o Fred, que tem um trato comigo, de vender as paradas de vocês pros playboyzinho que passa por ali, não ligo! Mas não é pra mexer com os mendigos, com os sem teto, com as crianças da área, os moradores antigos, com a meninas da rua 7... e o que tu fez?! Mexeu com meu sobrinho... Que merda hein muleque? O pior que eu vi, falei com o Fred e ele falou que tinha dado ordem de não mexer com ninguém!!! Tu tá muito fodido hehehehe!!!

O Mendigo encheu a xícara com água morna da chaleira. O cheiro sutil do chá chegou na narina do garoto o rato andou por trás de umas caixas fazendo barulho. O garoto se mexeu na cadeira sabendo que tinha motivos para estar ali e é provável que era melhor ali do que com a gangue.

- Cara, eu posso explicar, não foi bem assim que aconteceu e porque o Johnson não falou nada comigo? Eu te pedia desculpas e...

- Porra muleque! Tú acha que o Fred ia fala contigo mesmo HAHAHAHAHA! Tú morava onde, na disneylândia? Porra eu tava dentro do prédio, vi tudo... só não falei na hora porque não quero me meter demais com o trampo da tua gangue!!! Foi do jeito que eu falei, sem tirar nem por, não mente pra mim – tomou o chá de forma divertida como quem estivesse discutindo um lance de beisebol empolgante.

O silêncio dominou na sala, por um minuto.

- Agora que acabei com meu chá e tu não vai querer discutir ou mentir, vou te contar umas histórias e fazer uma proposta e se você ouvir direitinho e concordar comigo te libero sem problemas, mas se não... o Fred vai adorar te mostrar quem manda nessa porra! Combinado? Então começo com uma pergunta, o que você sabe sobre pai?!?!?!


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Campanha de Horl - Cenário Medieval do menestrel LUIZ (2)

 O destino do Vasto Continente – Campanha de Horl.



Saudações! Hoje trago-vos um pouco da vida pregressa dos protagonistas desta parte da história do Vasto Continente. São eles: Geth Katzenartig, lobisomem guerreiro, Jorge “Jojo” Joestar, o monge humano, Kovu, um golias bárbaro e Tristan Golfinio, um guerreiro tritão.

Cada apresentação aqui contida é baseada na interação dos personagens entre si antes da aventura que será narrada começar.

Geth Katzenartig

“Geth, Geth, Geth!” 
Assustado com os gritos, Geth se levanta pulando da cama e, ao olhar para o lado, vê uma figura pequena, mas ainda turva. Assim que recobra a consciência, ele reconhece a criança sorridente ao seu lado: Faila, sua sobrinha. 

“Geth, vamos logo; vamos!” diz ela enquanto o puxa pela mão e o conduz até o lado de fora da tenda onde estavam. Ao sair, eles se deparam com uma pequena fogueira onde Malcer, seu pai, e Selise, sua Tia, estavam a sua espera para o café da manhã. Geth se sentou em um dos tocos de macieira que estava posicionado ao redor da fogueira e começou a observar a pequena aldeia em que se encontravam: um conjunto de 7 tendas médias formando um círculo com a tenda maior onde ficavam os líderes da aldeia que era cercadas por árvores. No centro da formação havia uma grande fogueira, um pouco à frente de onde estão no momento. Atualmente vivem 25 pessoas nesta pequena aldeia.

“Isso foi o que restou do Clã Katzenartig...” murmurou ele em voz baixa. Enquanto terminava sua sopa de coelho, Faila se levanta e começa a encarar Geth com um sorriso e diz: “Vamos logo, você prometeu me levar para caçar com você hoje”. Com um sorriso, ele se levanta, coloca a mão na cabeça de Faila e diz: “Ok, pegue meu arco na tenda enquanto eu termino aqui e depois vamos”. Ao ouvir isso, Faila sai correndo imediatamente em direção a tenda. 
Um tempo depois, Geth e Falia se encontram na floresta e, enquanto Geth procura por uma presa, Faila lhe pergunta “por que temos tantas regras para não sair da floresta?”, ao que Geth se vira e responde: “Faila, já conversamos sobre isso várias vezes, você é muito nova ainda... O que posso dizer agora é para nossa proteção, pois nosso Clã pode fazer coisas que os outros não entendem e o que eles não entendem, eles temem. Esse medo foi o que quase destruiu nosso clã uma vez. Quando você completar 15 anos, você vai entender o que estou falando. Enquanto isso, aproveite ao máximo e fique perto de mim. Veja, nossa presa chegou”.
Geth se abaixa, apoiando o joelho esquerdo no chão para ter uma base sólida, retesa o arco, respira fundo e mira o alvo. O que parece ser uma eternidade, passa em segundo e, após largar a flecha, ela voa em direção ao cervo que cai morto após ser atingido no pescoço. Um tiro limpo e uma morte rápida. Mais um tempo se passa e, ao cair da noite, Geth e Faila retornam com os frutos sua caçada. Quando eles já conseguiam avistar a aldeia, iluminada pela fogueira central, escutam um estrondo seguido de uma enorme explosão. Geth cai atordoado, embora o evento tenha acontecido do lado oposto da aldeia. Alguns segundos depois ele retoma a concentração e olha para Faila, que o olha assustado. Ainda com a audição prejudicada pelos zumbidos que pareciam confundir seus sentidos, ele se levanta e segura a mão de Falia, levando-a em direção a aldeia apressadamente. Ao se aproximarem, ele percebe cerca de 30 soldados espalhados para aquelas tendas, que agora assumiam uma figura irregular. A explosão destruíra duas tendas e era possível ver chamas na que estava à esquerda destas. Ao ver isto, Geth se vira para Faila e diz para ela ficar em silêncio e junto dele. Com isso ele se aproxima furtivamente e se esconde entre uma árvore e a tenda deles que fica na extremidade oposta à explosão. Ao observar a aldeia agora tomada pelas chamas, ele consegue ver vários corpos queimados e vários soldados com um emblema redondo cravado no peitoral. Geth reconhece imediatamente aquele broche de coruja feita em bronze, sobre um fundo preto do que parecia ser uma pedra preciosa pelo brilho, cerceado de uma borda também de bronze. Era o símbolo da inquisição, a mesma que vem caçando seu clã há décadas. Geth começa a ranger os dentes de raiva. Faila se aproximara furtivamente de Geth que volta ao momento presente ao sentir a mão dela em seu braço. Ele então retoma a calma e começa a pensar no que poderia fazer para garantir a segurança dela. Enquanto estava a pensar, porém, percebeu que dois soldados traziam duas pessoas acorrentadas e as ajoelham em frente da fogueira. Assim que a luz da fogueira ilumina seus rostos, Geth os reconhece imediatamente: são Malcer e Selise. Alguns instantes depois, os soldados abrem caminho para o que parecia ser o comandante das tropas. À medida que se aproxima da fogueira, ele repara que o elmo desse soldado é diferente dos demais, ele possui o formato de uma coruja e parece ter sido talhado em um bloco de ouro maciço. Fora este detalhe, todos os soldados tinham botas negras como a noite, roupas azuis tal qual o céu da madrugada, vazadas apenas nos braços, onde podia-se perceber que vestiam uma cota de malhas. Os elmos dos demais era de prata, vazados nos olhos e oferecia proteção apenas na área do nariz. 
O homem misterioso com o elmo dourado pronuncia palavras que Geth não consegue entender enquanto anda de um lado para o outro na frente dos seus parentes ali ajoelhados e impotentes. Após alguns instantes, ele saca duas espadas e as crava nos peitos de Malcer e Selise, que caem no chão logo que ele retiraa as espadas de seus corpos. Ao ver essa cena, Falia grita o nome de sua mãe e chama a atenção dos soldados, que se viram à procura do que emitira aquele grito que mais parecia um rugido e os veem. Institivamente Geth puxa Falia para seus braços, levanta-a e começa correr floresta adentro. Logo que começam a correr, percebem que um grito forte de clara raiva. “Sigam eles, não quero sobreviventes”! Geth consegue escutar os soldados vindo atrás deles e, um pouco mais adentro da floresta, sobe em uma arvore à espera de que o grupo de soldados passe sem os perceber. Passado certo tempo, seguro de que conseguiu despistar os soldados, ele desce até a base da árvore e coloca Faila, que está desmaiada pelo estresse e cansaço apoiada no tronco. Ele a desce de seus braços delicadamente e, por um momento, parece esquecer que a sobrevivência de sua aldeia está reduzida a eles. Talvez por isso tenha se dado ao luxo de contemplá-la amorosamente por alguns instantes, antes de ser tomado pela preocupação e ansiedade acerca dos dias futuros. Pensando que ela estava bem, ele se vira para analisar a situação e é surpreendido.
Imediatamente após retirar os olhos de Faila e se virar, ele é atingido por uma flecha em seu braço. Contudo não foi isso que o deixou apavorado, mas o barulho rápido de vento sendo cortado que passou ao lado de sua cabeça. Instantes depois ele ouve um pequeno gemido e vê que a flecha estava cravada no peito Falia, na altura do coração. Naquele momento seu mundo desabou e, junto dele seu corpo. Enquanto desmoronava à vista de dois arqueiros imóveis, ele solta um rugido diferente de todos os outros já produzidos por ele. Clava por Faila, porém o silêncio é sua única resposta e isso devastou ainda mais seu coração. A raiva vai consumindo Geth à medida que os soldados retardatários se aproximam e ele se levanta e vai lentamente aos soldados. Seus olhos antes azuis, emitem um brilho vermelho púrpura que revelam um ódio diabólico. Num piscar de olhos, os soldados veem à sua frente não mais um jovem, mas um Tigre Branco de tamanho assustador. Abismados com aquela transformação e com o aspecto bestial do menino, cometem o erro de esperar que este ataque. Ele, na forma da besta, se dirige ao arqueiro mais próximo. O sorriso de satisfação no rosto dele deu lugar ao pânico. Suas calças estavam cheias de mijo e quando seu companheiro tenta reagir retesando seu arco, percebe que é tarde demais. Quando os outros soldados chegam, veem que aquela figura branca em cima de um soldado, dilacerando sua garganta. Depois de duas mordidas, ele se vira para os outros. Seus pelos outrora brancos como a neve agora estão sujos de sangue e sob a luz da lua naquele descampado, os olhos dele pareciam ter cor de sangue. Abrindo um grande e diabólico sorriso, ele mostra suas presas que agora pingam aquele sangue quente. Os outros soldados cada vez mais apavorados, sem nem tempo de reação são derrubados por golpes de cauda e patadas que Geth em um estado selvagem desfere. Em minutos o destacamento de seis soldados é devorado, deixando uma poça de sangue na frente do corpo de Faila preso à árvore. Percebendo que a fúria assumira o controle, Geth retoma a consciência e se transforma não em um humano, mas em um hibrido. Suas roupas, que cobriam da cintura para baixo estavam limpas, mas a forma animalesca que surgia de sua cintura estava limpa somente nos ombros e nas costas. 
Ele olha assustado para aquela cena. Há pedaços de carne espalhados pelo chão e até em alguns arbustos próximos. Havia apenas duas espadas desembainhadas. Ele olha para Faila, que parecia desacordada e corre em direção a ela, que num último suspiro abre seus olhos e diz:
– Está frio Geth o que está acontecendo? – com uma voz fraca. Sua pele estava agora sem cor e havia sangue em sua boca. Suas roupas estavam também manchadas agora. A floresta toda parecia prestar respeito a uma antiga amiga e calou-se por inteiro.
– Fique calma, eu estou aqui, vai ficar tudo bem –, disse Geth ao retirar a flecha de seu peito e pegá-la no colo. Ele a carrega mais adentro da floresta, para perto de um pequeno lago e a coloca no chão. Enquanto deixava seu corpo à beirada daquele lago cristalino, movido apenas por um vento silencioso que distorcia o reflexo lunar, ele vê os olhos de Faila fecharem-se lentamente enquanto ela dá seu último sorriso. Após alguns minutos de sofrimento Geth, começa a cavar uma cova rasa com suas garras ao lado de uma árvore.
Sobre o tumulo de Falia, Geth pega a flecha que a matou e, com a ponta dela, machada com o sangue de sua sobriha, ele faz um corte em sua mão e, assim, um juramento de sangue: “Por nosso Clã; por Faila eu irei devolver essa flecha ao coração de seu líder e farei isso com um sorriso no rosto, que nem Faila nos seus últimos momentos.” Após isso Geth volta para sua forma verdadeira e entra na floresta e desaparece no anoitecer. Dois anos se passaram e Geth, em busca de sua vingança se filiou a uma guilda de aventureiros a fim de obter informações sobre a inquisição. Nesse tempo ele manteve seu segredo evitando ao máximo interação desnecessária com outras pessoas.

Jorge "Jojo" Joestar

“Homem maduro, mercenário, que bebe mais que anão em festa de bordel, leal ao dinheiro, sexo e drogas, procura grupo para descer a porrada em maguinho, cobra e qualquer outro bicho que solte magia.
Se preferir no sigilo sai mais caro.”



Kovu

Kovu nasceu na cidade subterrânea de Stahl, uma enorme cidade do povo Golias, com uma extensão que cobre todo o grande deserto. Os Golias da cidade Stahl cultuam Macht, o Deus da fúria e da força, uma divindade leal/neutra que acreditava que a força era o único modo de garantir o respeito às leis naturais. Tais leis regem a sociedade dos Golias até hoje.

- Cada Golias é dono de si, da sua força e de todo e qualquer produto que venha dela. É dever de cada Golias lutar contra qualquer um que ouse se levantar contra esse dogma, contra a ele ou a qualquer outro semelhante.
- A força é a busca constante que rege sua raça, superar a sua força física, mental, espiritual e emocional a cada dia é o único motivo pelo qual Match lhe deu a vida.
- Ser forte garante sua sobrevivência; buscar ser o mais forte garante a sobrevivência de todos.

Buscando viver sob os preceitos do seu povo, o jovem ferreiro decide viajar pelo mundo em buscar da sua verdadeira força, carregando sua bigorna, seus instrumentos e sua maior criação: Riesig, a espada que surgiu da forja de 100 espadas de inimigos derrotados. Bruta demais, pesada demais, grande demais para ser chamada de espada.... aquele bloco de aço jamais poderia ser movido por um humanoide comum. A cada inimigo derrotado, Kovu derrete o aço dos seus equipamentos e torna Riesig ainda maior.

Tristan Golfinio

O que seria um dia comum nas profundezas do mar aos poucos se tornou uma noite sem fim. Uma fuligem escura vinda dos rios próximos formou uma película negra no mar, impedindo a luz de chegar até a cidade submersa de Cerennus, nas fronteiras do reino Atlante.
Tristan Golfinio, capitão da guarda marinha, foi então selecionado para comandar uma equipe afim de verificar a causa de tal maldição e informar ao Tridente real.
Ao final de sua investigação, descobriu que algum tipo de inquisição tola havia gerado destruição generalizada nas florestas próximas e as cinzas acumuladas foram levadas pelos rios até sua cidade.
O tridente real, composto pelos 3 regentes de Cerennus, decidiu manter neutralidade frente à superfície e seu poder autodestrutivo, mas manteve Sir Golfinio em terra como correspondente internacional. Disposto a honrar sua missão, ele começou a explorar o mundo tomando para si a singular profissão de aventureiro terreno. Durante esse tempo aprendeu costumes exóticos dos povos do solo, mesmo tendo visto algumas boas ações, também viu a tristeza da maldade intrínseca naqueles seres secos.






POR Srº Menestrel