sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Lobisomem o Apocalipse - Crônicas da Filadélfia - Vseslav Vladimirovich (2)

  

Vseslav Vladimirovich  - Presas de Prata - Galiard - Posto 0






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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Lobisomem o Apocalipse - Crônicas da Filadélfia - Vseslav Vladimirovich (1)

 

Vseslav Vladimirovich  - Presas de Prata - Galiard - Posto 0


Infância com os ciganos

Não se sabe onde nasceu Vseslav.

Foi encontrado por um grupo de ciganos, os Ruska Roma, um certo dia ainda bebê em uma comunidade rural do leste europeu. Como o povo está sempre migrando, é muito difícil dizer exatamente onde ele foi achado.

Recebeu o nome de Knyaz, pois as avós diziam que parecia um principezinho, além de ser um nome relativamente comum e com pronuncia e escrita muito parecida em diversas linguas do leste europeu.

Crescendo entre os ciganos e aprendendo os seus costumes enquanto migrava pelo leste europeu ocasionalmente usando de suas habilidades como música leitura da sorte para ganhar dinheiro e aprendendo os costumes e idiomas dos povos através do convívio. Seu grande carisma e habilidade em ler a sorte faziam dele uma grande atração. Embora muitas vezes fossem expulsos de vilarejos e cidades pequenas, nunca desanimavam. Durante essas andanças descobriu-se que Knyaz tinha o dom da segunda visão, algo raro entre homens que foi atribuído ao fato de não ser do povo de nascença. Embora tenha sido muito bem acolhido pelos ciganos, as avós sempre lhe disseram que o povo era pequeno demais para conter ele, e que um dia ele deveria ganhar o mundo em busca de seu passado. Logo na adolescência isso viria a se passar.

 A primeira transformação

Certo dia, quando o povo ia sendo mais uma vez expulso de uma pequena cidade na Bielorrússia, as autoridades locais impelidas por um capitão local que detestava ciganos foram longe demais. Queimaram as tendas do povo que estava acampado perto da cidade, e infelizmente uma das avós, Anya, tinha dificuldades de se mover e não conseguiu sair da tenda a tempo. Esse evento marcaria para sempre o jovem Knyaz. Sofrendo a perda de um do seus poucos entes queridos, foi até a cidade contra todos os avisos das avós.

Chegando lá, confrontou o capitão, mas infelizmente não era capaz de fazer nada. Foi surrado pelos guardas e no calor da briga, só se ouvia seus gemidos de dor e as risadas do capitão. Aquilo bastou. Transformando-se numa besta gigante, matou praticamente toda a força policial local. Só se deu conta de sua aparência na corrida enlouquecida de volta ao povo. Lá encontrou medo. Fugiram em pânico.

Apenas Katya e Ivana que eram antigas e versadas nas artes ocultas reconheceram o que ele era e talvez o motivo dele ter sido abandonado. Quando a transformação passou, explicaram para ele que ele era um Wilkołak. Homem de dia, mas que poderia se tornar uma fera a noite. Devido a sua aparência aristocrática e sua capacidade de falar com os espíritos, era óbvio que era um descendente direto de Vseslav Bryachislavich, também conhecido como Vseslav, o feiticeiro. Desse dia em diante este seria o seu nome. Apesar de ser jovem, foi decido que devido as suas habilidades, bem como o perigo que representava para o povo, deveria partir em busca de sua linhagem. Descobrir de onde realmente veio e o seu destino. Já que estava na Bielorrússia, resolveu visitar a cidade onde Vseslav original estava enterrado. Essa sua primeira experiência de vagar sozinho foi a mais assustadora de sua vida. Usava o máximo de sua manha para sobreviver, às vezes passando um tempo acampado no mato, às vezes cometendo pequenos furtos ou impressionando pessoas com os seus dons. Chegando à cidade, encontrou mais perguntas do que respostas. Sem saber para onde ir, buscou abrigo em uma igreja local. O padre foi gentil em recebê-lo, como fazia com outros moradores de rua a noite. Ficou impressionado com o jovem rapaz e com sua busca por conhecimento. Após aprender tudo o que podia sobre Vseslav com o padre, decidiu ir para Moscow. Havia ouvido falar da cidade. Não só era a maior da Rússia, como também era a maior à uma distância razoável. A viagem foi longa. Por sorte o inverno ainda não havia chegado. Vivia da terra, de frutas e as vezes caçava lebres. Durante o caminho, na terra de ninguém entre os dois países tentou voltar novamente a forma de lobo gigante que o colocou nessa jornada, mas sem sucesso.

Os espíritos nada tinham a dizer sobre isso também.

Nas ruas de Moscow

Chegando a Moscow foi vivendo nas ruas e descobrindo o quanto a vida era difícil. Não era como nas pequenas cidades. Havia muitos moradores de rua. Grandes inovações de tecnologia que eram vista apenas raramente nas pequenas cidades pelas quais o povo passava. O Furto e a trapaça eram difíceis. Havia gangues de rua e a polícia também era não era gentil. Mas por mais que a vida fosse difícil, a principal barreira era a falta da escrita e da leitura. Relembrando-se a ajuda que recebera da última vez, procurou auxílio em uma igreja pequena que havia em um bairro mais simples. As freiras da igreja lembraram muito suas avós e depois de muita insistência conseguiu que uma delas lhe ensinasse a ler e escrever. Com uma condição: que fosse batizado na igreja ortodoxa e frequentasse a catequese.

O aprendizado foi duro, mas o tempo que passava diariamente na igreja lhe garantiu a amizade dos frequentadores. Embora fosse visto como um menino de rua maltrapilho por alguns frequentadores da igreja e fez amizades com os jovens da igreja. Como presente de conclusão da catequese, foi presenteado com documentos. Era oficialmente uma pessoa. Vivendo como nômade, nunca havia pensado que precisava provar isso para alguém. Foi registrado como Vseslav Vladimirovich, em homenagem a Vladmir I de Kiev.

Mas nem tudo corria bem. As noites eram problemáticas. Era difícil achar um lugar seguro para dormir. As maiorias dos lugares bons estavam ocupados por moradores mais velhos e mais fortes. Alguns até em grupo. Inicialmente achou que sua capacidade de se tornar um lobo seria a sua vantagem, mas após algumas surras por disputas de território de dormir, ficou óbvio que não conseguiria fazer uso desse dom. A cada surra os espíritos se escarneciam dele.

Cansado, buscou a ajuda das freiras. Se haveria de buscar por sua origem não poderia ser um morador de rua.

Elas lhe apresentaram duas opções. Poderia entrar para a igreja. Tornar-se padre.

Ou poderia tentar a escola de cadetes militares. Com muita ajuda das freiras, conseguiu a vaga que lhe pareceria ser a libertação das dificuldades.


Tempo no serviço militar

A escola de cadetes parecia um sonho. Tinha roupas, local onde dormir, acesso a conhecimento e facilidades. Estava em grande desvantagem. Não tinha grande habilidade para o estudo, mas era dedicado. A disciplina lhe era estranha e as regras lhe eram estranhas, mas lhe fizeram muito bem. Com os exercícios e alimentação adequada descobriu ter uma aptidão física acima da média e sua capacidade de impressionar os professores e o colega lhe renderam uma estadia tranquila. Ocasionalmente recebia conselhos dos espíritos que o acompanhavam. Ouvia-os com mais clareza. Aos 21 anos, formou-se com honras como tenente júnior. Teria sua primeira experiência em campo bem a tempo. Após pequenas operações, começou a destacar-se em campo, com um pequeno empurrão dos espíritos. Logo viria a guerra de verdade.  Em 2014 começaram as incursões da Rússia na Ucrânia. Nesta altura já era capitão, um dos mais jovens a adquirir o posto, e tinha certo renome entre os seus pares pela sua capacidade de liderança e frieza diante de situações difíceis.


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Personagens dos jogadores

Craig (19/10/19)

Derek (16/11/19)

Alicia (28/11/20)