sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Campanha de Horl - Cenário Medieval do menestrel LUIZ (2)

 O destino do Vasto Continente – Campanha de Horl.



Saudações! Hoje trago-vos um pouco da vida pregressa dos protagonistas desta parte da história do Vasto Continente. São eles: Geth Katzenartig, lobisomem guerreiro, Jorge “Jojo” Joestar, o monge humano, Kovu, um golias bárbaro e Tristan Golfinio, um guerreiro tritão.

Cada apresentação aqui contida é baseada na interação dos personagens entre si antes da aventura que será narrada começar.

Geth Katzenartig

“Geth, Geth, Geth!” 
Assustado com os gritos, Geth se levanta pulando da cama e, ao olhar para o lado, vê uma figura pequena, mas ainda turva. Assim que recobra a consciência, ele reconhece a criança sorridente ao seu lado: Faila, sua sobrinha. 

“Geth, vamos logo; vamos!” diz ela enquanto o puxa pela mão e o conduz até o lado de fora da tenda onde estavam. Ao sair, eles se deparam com uma pequena fogueira onde Malcer, seu pai, e Selise, sua Tia, estavam a sua espera para o café da manhã. Geth se sentou em um dos tocos de macieira que estava posicionado ao redor da fogueira e começou a observar a pequena aldeia em que se encontravam: um conjunto de 7 tendas médias formando um círculo com a tenda maior onde ficavam os líderes da aldeia que era cercadas por árvores. No centro da formação havia uma grande fogueira, um pouco à frente de onde estão no momento. Atualmente vivem 25 pessoas nesta pequena aldeia.

“Isso foi o que restou do Clã Katzenartig...” murmurou ele em voz baixa. Enquanto terminava sua sopa de coelho, Faila se levanta e começa a encarar Geth com um sorriso e diz: “Vamos logo, você prometeu me levar para caçar com você hoje”. Com um sorriso, ele se levanta, coloca a mão na cabeça de Faila e diz: “Ok, pegue meu arco na tenda enquanto eu termino aqui e depois vamos”. Ao ouvir isso, Faila sai correndo imediatamente em direção a tenda. 
Um tempo depois, Geth e Falia se encontram na floresta e, enquanto Geth procura por uma presa, Faila lhe pergunta “por que temos tantas regras para não sair da floresta?”, ao que Geth se vira e responde: “Faila, já conversamos sobre isso várias vezes, você é muito nova ainda... O que posso dizer agora é para nossa proteção, pois nosso Clã pode fazer coisas que os outros não entendem e o que eles não entendem, eles temem. Esse medo foi o que quase destruiu nosso clã uma vez. Quando você completar 15 anos, você vai entender o que estou falando. Enquanto isso, aproveite ao máximo e fique perto de mim. Veja, nossa presa chegou”.
Geth se abaixa, apoiando o joelho esquerdo no chão para ter uma base sólida, retesa o arco, respira fundo e mira o alvo. O que parece ser uma eternidade, passa em segundo e, após largar a flecha, ela voa em direção ao cervo que cai morto após ser atingido no pescoço. Um tiro limpo e uma morte rápida. Mais um tempo se passa e, ao cair da noite, Geth e Faila retornam com os frutos sua caçada. Quando eles já conseguiam avistar a aldeia, iluminada pela fogueira central, escutam um estrondo seguido de uma enorme explosão. Geth cai atordoado, embora o evento tenha acontecido do lado oposto da aldeia. Alguns segundos depois ele retoma a concentração e olha para Faila, que o olha assustado. Ainda com a audição prejudicada pelos zumbidos que pareciam confundir seus sentidos, ele se levanta e segura a mão de Falia, levando-a em direção a aldeia apressadamente. Ao se aproximarem, ele percebe cerca de 30 soldados espalhados para aquelas tendas, que agora assumiam uma figura irregular. A explosão destruíra duas tendas e era possível ver chamas na que estava à esquerda destas. Ao ver isto, Geth se vira para Faila e diz para ela ficar em silêncio e junto dele. Com isso ele se aproxima furtivamente e se esconde entre uma árvore e a tenda deles que fica na extremidade oposta à explosão. Ao observar a aldeia agora tomada pelas chamas, ele consegue ver vários corpos queimados e vários soldados com um emblema redondo cravado no peitoral. Geth reconhece imediatamente aquele broche de coruja feita em bronze, sobre um fundo preto do que parecia ser uma pedra preciosa pelo brilho, cerceado de uma borda também de bronze. Era o símbolo da inquisição, a mesma que vem caçando seu clã há décadas. Geth começa a ranger os dentes de raiva. Faila se aproximara furtivamente de Geth que volta ao momento presente ao sentir a mão dela em seu braço. Ele então retoma a calma e começa a pensar no que poderia fazer para garantir a segurança dela. Enquanto estava a pensar, porém, percebeu que dois soldados traziam duas pessoas acorrentadas e as ajoelham em frente da fogueira. Assim que a luz da fogueira ilumina seus rostos, Geth os reconhece imediatamente: são Malcer e Selise. Alguns instantes depois, os soldados abrem caminho para o que parecia ser o comandante das tropas. À medida que se aproxima da fogueira, ele repara que o elmo desse soldado é diferente dos demais, ele possui o formato de uma coruja e parece ter sido talhado em um bloco de ouro maciço. Fora este detalhe, todos os soldados tinham botas negras como a noite, roupas azuis tal qual o céu da madrugada, vazadas apenas nos braços, onde podia-se perceber que vestiam uma cota de malhas. Os elmos dos demais era de prata, vazados nos olhos e oferecia proteção apenas na área do nariz. 
O homem misterioso com o elmo dourado pronuncia palavras que Geth não consegue entender enquanto anda de um lado para o outro na frente dos seus parentes ali ajoelhados e impotentes. Após alguns instantes, ele saca duas espadas e as crava nos peitos de Malcer e Selise, que caem no chão logo que ele retiraa as espadas de seus corpos. Ao ver essa cena, Falia grita o nome de sua mãe e chama a atenção dos soldados, que se viram à procura do que emitira aquele grito que mais parecia um rugido e os veem. Institivamente Geth puxa Falia para seus braços, levanta-a e começa correr floresta adentro. Logo que começam a correr, percebem que um grito forte de clara raiva. “Sigam eles, não quero sobreviventes”! Geth consegue escutar os soldados vindo atrás deles e, um pouco mais adentro da floresta, sobe em uma arvore à espera de que o grupo de soldados passe sem os perceber. Passado certo tempo, seguro de que conseguiu despistar os soldados, ele desce até a base da árvore e coloca Faila, que está desmaiada pelo estresse e cansaço apoiada no tronco. Ele a desce de seus braços delicadamente e, por um momento, parece esquecer que a sobrevivência de sua aldeia está reduzida a eles. Talvez por isso tenha se dado ao luxo de contemplá-la amorosamente por alguns instantes, antes de ser tomado pela preocupação e ansiedade acerca dos dias futuros. Pensando que ela estava bem, ele se vira para analisar a situação e é surpreendido.
Imediatamente após retirar os olhos de Faila e se virar, ele é atingido por uma flecha em seu braço. Contudo não foi isso que o deixou apavorado, mas o barulho rápido de vento sendo cortado que passou ao lado de sua cabeça. Instantes depois ele ouve um pequeno gemido e vê que a flecha estava cravada no peito Falia, na altura do coração. Naquele momento seu mundo desabou e, junto dele seu corpo. Enquanto desmoronava à vista de dois arqueiros imóveis, ele solta um rugido diferente de todos os outros já produzidos por ele. Clava por Faila, porém o silêncio é sua única resposta e isso devastou ainda mais seu coração. A raiva vai consumindo Geth à medida que os soldados retardatários se aproximam e ele se levanta e vai lentamente aos soldados. Seus olhos antes azuis, emitem um brilho vermelho púrpura que revelam um ódio diabólico. Num piscar de olhos, os soldados veem à sua frente não mais um jovem, mas um Tigre Branco de tamanho assustador. Abismados com aquela transformação e com o aspecto bestial do menino, cometem o erro de esperar que este ataque. Ele, na forma da besta, se dirige ao arqueiro mais próximo. O sorriso de satisfação no rosto dele deu lugar ao pânico. Suas calças estavam cheias de mijo e quando seu companheiro tenta reagir retesando seu arco, percebe que é tarde demais. Quando os outros soldados chegam, veem que aquela figura branca em cima de um soldado, dilacerando sua garganta. Depois de duas mordidas, ele se vira para os outros. Seus pelos outrora brancos como a neve agora estão sujos de sangue e sob a luz da lua naquele descampado, os olhos dele pareciam ter cor de sangue. Abrindo um grande e diabólico sorriso, ele mostra suas presas que agora pingam aquele sangue quente. Os outros soldados cada vez mais apavorados, sem nem tempo de reação são derrubados por golpes de cauda e patadas que Geth em um estado selvagem desfere. Em minutos o destacamento de seis soldados é devorado, deixando uma poça de sangue na frente do corpo de Faila preso à árvore. Percebendo que a fúria assumira o controle, Geth retoma a consciência e se transforma não em um humano, mas em um hibrido. Suas roupas, que cobriam da cintura para baixo estavam limpas, mas a forma animalesca que surgia de sua cintura estava limpa somente nos ombros e nas costas. 
Ele olha assustado para aquela cena. Há pedaços de carne espalhados pelo chão e até em alguns arbustos próximos. Havia apenas duas espadas desembainhadas. Ele olha para Faila, que parecia desacordada e corre em direção a ela, que num último suspiro abre seus olhos e diz:
– Está frio Geth o que está acontecendo? – com uma voz fraca. Sua pele estava agora sem cor e havia sangue em sua boca. Suas roupas estavam também manchadas agora. A floresta toda parecia prestar respeito a uma antiga amiga e calou-se por inteiro.
– Fique calma, eu estou aqui, vai ficar tudo bem –, disse Geth ao retirar a flecha de seu peito e pegá-la no colo. Ele a carrega mais adentro da floresta, para perto de um pequeno lago e a coloca no chão. Enquanto deixava seu corpo à beirada daquele lago cristalino, movido apenas por um vento silencioso que distorcia o reflexo lunar, ele vê os olhos de Faila fecharem-se lentamente enquanto ela dá seu último sorriso. Após alguns minutos de sofrimento Geth, começa a cavar uma cova rasa com suas garras ao lado de uma árvore.
Sobre o tumulo de Falia, Geth pega a flecha que a matou e, com a ponta dela, machada com o sangue de sua sobriha, ele faz um corte em sua mão e, assim, um juramento de sangue: “Por nosso Clã; por Faila eu irei devolver essa flecha ao coração de seu líder e farei isso com um sorriso no rosto, que nem Faila nos seus últimos momentos.” Após isso Geth volta para sua forma verdadeira e entra na floresta e desaparece no anoitecer. Dois anos se passaram e Geth, em busca de sua vingança se filiou a uma guilda de aventureiros a fim de obter informações sobre a inquisição. Nesse tempo ele manteve seu segredo evitando ao máximo interação desnecessária com outras pessoas.

Jorge "Jojo" Joestar

“Homem maduro, mercenário, que bebe mais que anão em festa de bordel, leal ao dinheiro, sexo e drogas, procura grupo para descer a porrada em maguinho, cobra e qualquer outro bicho que solte magia.
Se preferir no sigilo sai mais caro.”



Kovu

Kovu nasceu na cidade subterrânea de Stahl, uma enorme cidade do povo Golias, com uma extensão que cobre todo o grande deserto. Os Golias da cidade Stahl cultuam Macht, o Deus da fúria e da força, uma divindade leal/neutra que acreditava que a força era o único modo de garantir o respeito às leis naturais. Tais leis regem a sociedade dos Golias até hoje.

- Cada Golias é dono de si, da sua força e de todo e qualquer produto que venha dela. É dever de cada Golias lutar contra qualquer um que ouse se levantar contra esse dogma, contra a ele ou a qualquer outro semelhante.
- A força é a busca constante que rege sua raça, superar a sua força física, mental, espiritual e emocional a cada dia é o único motivo pelo qual Match lhe deu a vida.
- Ser forte garante sua sobrevivência; buscar ser o mais forte garante a sobrevivência de todos.

Buscando viver sob os preceitos do seu povo, o jovem ferreiro decide viajar pelo mundo em buscar da sua verdadeira força, carregando sua bigorna, seus instrumentos e sua maior criação: Riesig, a espada que surgiu da forja de 100 espadas de inimigos derrotados. Bruta demais, pesada demais, grande demais para ser chamada de espada.... aquele bloco de aço jamais poderia ser movido por um humanoide comum. A cada inimigo derrotado, Kovu derrete o aço dos seus equipamentos e torna Riesig ainda maior.

Tristan Golfinio

O que seria um dia comum nas profundezas do mar aos poucos se tornou uma noite sem fim. Uma fuligem escura vinda dos rios próximos formou uma película negra no mar, impedindo a luz de chegar até a cidade submersa de Cerennus, nas fronteiras do reino Atlante.
Tristan Golfinio, capitão da guarda marinha, foi então selecionado para comandar uma equipe afim de verificar a causa de tal maldição e informar ao Tridente real.
Ao final de sua investigação, descobriu que algum tipo de inquisição tola havia gerado destruição generalizada nas florestas próximas e as cinzas acumuladas foram levadas pelos rios até sua cidade.
O tridente real, composto pelos 3 regentes de Cerennus, decidiu manter neutralidade frente à superfície e seu poder autodestrutivo, mas manteve Sir Golfinio em terra como correspondente internacional. Disposto a honrar sua missão, ele começou a explorar o mundo tomando para si a singular profissão de aventureiro terreno. Durante esse tempo aprendeu costumes exóticos dos povos do solo, mesmo tendo visto algumas boas ações, também viu a tristeza da maldade intrínseca naqueles seres secos.






POR Srº Menestrel



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