terça-feira, 5 de julho de 2022

Vampiro a Máscara - Boris o Justicar (sessão 2)




Sessão 2




Peter de frente para o antiquário, parado em uma rua completamente vazia e silenciosa, não encontra um modo de entrar.

Como a loja é de esquina Do lado direito da loja tem uma rua e do esquerdo uma outra loja que também estava fechada.

O vampiro segue pela rua à esquerda na intenção de verificar se há um modo de entrar no antiquário pelos fundos, olhando em volta na outra calçada uma marmoraria que ocupa boa parte do outro quarteirão, mas sem câmeras de segurança.

A parte de trás da suposta loja do sr silver, tem uma porta e uma caçamba de lixo, porém tudo cercado com alambrado. Peter pula o cercado com facilidade caindo no solo em segurança e silenciosamente.




Ele sem rodeios bate na porta e chama, como não houve resposta e o momento necessitando de urgência, o caitiff segura a maçaneta na intenção de entrar, mas a maçaneta frita seus dedos, faísca e um assobio agudo lhe dão um susto.

Peter tira a mão o mais rápido que pode desequilibrando para trás e caindo sobre a lata de lixo, mas a fortitude (disciplina) evita que ele fique sem a mão.




A porta se abre e mr silver aparece. Não tinha um rosto amistoso parecia entre curioso e incomodado em ver novamente o vampiro e tão breve na mesma noite.




-Ola peter, chegando assim sem avisar? Devo pensar que veio me matar, ou posso lhe ajudar em alguma coisas? - Silver olha em volta como se procurasse mais alguém na rua ou em cima dos prédios comerciais - você foi seguido?


-Não, sou só eu - peter responde com a voz áspera pela dor da mão e se levantando.


-Em circunstâncias normais não estaríamos tendo essa conversa, mas parece que hoje nada é convencional, então entre… vamos descobrir o que você precisa, mas não toque em nada.




A última frase do mago pareceu bem grave, dando espaço para peter entrar o vampiro descobre o estoque do antiquário muitas coisas velhas e empoeiradas , caixas e caixas de objetos variados, uma escada de madeira para o sótão que estava iluminado e com o som de televisão.

Sem muitas palavras Mr Silver indica para o vampiro ir para o andar de cima e Peter sobe as escada, seguido por Silver. Na parte de cima o vampiro encontra um amplo salão que não imaginava existir quando olhou do lado de fora, além de parecer ter um teto muito alto, também muito largo e comprido, lá ele poderia estimar pelo menos um milhar de objetos vezes mais caros que na loja ou no humilde estoque na abaixo. a variedade de objetos era absurda, de tapetes mesas, estantes e armários de madeira nobre bem talhadas, com livros, obras de arte variadas, dispostos desordenadamente de épocas, culturas e etnias várias.

Se sentindo em um cofre de um acumulador, Peter teve dificuldade de avançar além de dois passos após a escada com receio de encostar sem querer em alguma coisa e irritar o anfitrião.




Silver passou por ele e indicou a televisão (talvez da década de 70 bem conservada) com o dedo sem dizer nada, a televisão quase despercebida no meio de tantas coisas estava com o volume bem audível.




Imagens do noticiário mostravam a tragédia ocorrida em Washington DC, o novo ataque terrorista que provavelmente feito por extremistas de alguma religião anti-liberdade. Peter levou tempo para entender já que as imagens do equipamento não eram tão nítidas. Mas entendeu a gravidade do problema, no período do primeiro atentado em solo americano, a caça ficou escassa e os vampiros tiveram dificuldade em controlar a máscara, pois tudo era monitorado e a tensão dentro da camarila foi alta. Muitos vampiros morreram antes de provar que eram capazes de sobreviver a crise do medo, pelos próprios vampiro por pura especulação. Peter passou com certa segurança pelo período provando ter um estoque quase inesgotável de bolsas de sangue, mas os tempos são outros. Isso significa que esses tempos ruins estão ficando cada vez piores.




-Isso é muito ruim! - exclama Mrº Silver resgatando Peter dos seu profundos pensamentos. - Mas vamos ao que importa. Por que veio aqui senhor Peter?


-Mrº Silver, precisamos adiantar a criação da cura. A vida de Tabata depende disso, um vampiro muito poderoso a raptou. Ele é um Tremere, sabe o que isso significa?


-É claro que sei, os tremere são vampiros que saíram da minha ordem. Estudamos eles e estamos sempre atentos para combatê-los sempre que possível, são uma abominação e um perigo.


-O vampiro que a raptou é um justicar, um vampiro da alta hierarquia e ele quer a cura em 3 dias.

-Mas isso é Impossível! - retrucou o Mago.

-Eu imaginei, mas é difícil debater com alguém como ele. E preciso da sua ajuda para salvar Tabata. Não estou em uma posição fácil. - Peter desabafou, estava desesperado por uma saída justa para todos, independente de quanto era injusto o que ocorria com ele. Acreditava ter sido contaminado propositalmente por BWV e agora tinha quase certeza que o mesmo estava usando-o como bode-expiatório para encobrir alguma coisa, lembrou dos assassinatos de Samuel contra a cabala Tremere e sentiu um arrepio imaginando a guerra que se seguiria.


-Peter, não sou especialista em curar doenças, nem mesmo sei se somos capazes de curar criaturas mortas… preciso estudar o suposto ritual de criação desta tal doença, precisaria estudar o comportamento dela, descobrir as esferas que interagem mais apropriadamente sem causar risco graves aos infectados… terei que iniciar algumas leituras e… - Silver se calou e olhou para o vampiro. Percebeu sua tensão e determinação, era óbivio que estava desesperado e nada poderia convencê-lo de ter calma nesta situação. Por uns instantes apenas o som da velha televisão repercutiu pelo salão. - ok, preciso que algumas coisas para iniciar o preparo de um ritual, preciso de bastante sangue infectado e sangue do samuel que é imune segundo vocês.


-Ótimo, coloco meu sangue infectado em algum recipiente, desde que me prometa cuidado, se você se contaminar… tudo estará perdido.


-Eu sei e não quero correr esse risco, mas qual opção nós temos? - Silver não podia quebrar sua promessa agora, muito menos esquecer que os vampiros arriscaram suas vidas para salvar sua cabala da morte certa contra os lobisomens.

Silver foi buscar uma vasilha para estocar o sangue contaminado, enquanto dizia que iria precisar de mais coisas como penas de corvos, raízes de umas plantas específicas e retirava livros das estantes pelo caminho.




Peter ficou parado ali ouvindo o mago falar coisas sem muito sentido para ele, nada científicas ou convencionais, olhou em volta e percebeu um objeto muito novo em meio às velharias. Um cooler aberto sobre uma cômoda não muito longe parecia ter sido posta a pouco tempo, pelo modo que fora deixada aberta desalinhada com o restante. Um gancho preto se projetava pela borda e uma gota de sangue caiu da sua ponta. Peter levou 2 segundos para reconhecer o objeto, mas agora estava claro, se tratava de uma garra de lobisomem. Ao se esticar conseguiu ver parte do dedo de onde a garra em forma de gancho estava presa. Peter deduziu ser a mão do lobisomem que não se destransformou após ser morto.

-Mas temos outro problema. - disse Silver voltando para o lugar onde o Vampiro estava. - Se o Justicar ler sua mente eu e minha cabala estaremos em sérios apuros e tenho uma forma de te ajudar nisso também. Isso é uma amuleto, acho que pode te ajudar a proteger sua mente contra ele. - Silver esticou uma caixa com uma amuleto de prata com diversos desenhos esotéricos.


-Pensei neste problema, obrigado por isto também.



-Não é um presente, precisarei que me devolva quando tudo isso passar.


-Devolverei, com certeza - Afirmou Peter pegando o amuleto e colocando no pescoço.


-Agora me deixe sozinho tenho muito o que ler, deixe o sangue nesta vasilha, depois saia e traga o sangue de Samuel com urgência. - o vampiro entendeu que a última frase do mago foi quase como uma despedida, agradeceu e obedeceu.




Derramando o sangue infectado, por um pequeno ferimento que ele mesmo fez na pele, temeroso sobre o resultado incerto. Ouviu o telefone de Silver tocar, ao atender o mago falava alto, Peter aguçou os sentidos e percebeu que falava com Regina.

O corpo sem pulsação demora para expelir sangue, por isso peter ouviu bastante. Regina estava em crise, aparentemente com problemas em conter a loba capturada na mina. Antes de do Caitiff encher a vasilha e sair, Mrº Silver pediu mais uma ajuda para ele, se poderiam tentar conter novamente a Lobisomem capturada. os dois trocaram telefone para se comunicar caso precisassem e o mago também deu o telefone de Regina.

Peter ligou pra Samuel sem sucesso, depois ligou para Alexander. Lidar com lobisomens seria melhor ao lado do gangrel. Alexander atendeu e atualizou peter sobre o passeio do homem que foi libertado. Alexander deu a entender que Peter deveria tomar cuidado com o que fala ao telefone e pediu que fosse a sua casa. Assim foi feito.

Presencialmente o gangrel explicou que Luna havia falado sobre os telefones, todos poderiam estar grampeados por causa do ataque terrorista em Washington, depois atualizou o amigo sobre o passeio noturno do Lobisomem que eles salvaram, falou um pouco da história de Richard. Já o caitiff explicou sobre o rapto de Tabata, o bilhete e a visita a loja do mago. Não demoraram e saíram de carro, no caminho conseguiram falar por telefone com Regina que marcou na praça do bairro caro de Chevy Chase.



Chegaram rápido e antes de estacionar reconheceram Regina na praça arborizada, nenhuma viva-alma por perto pelo adiantado da noite. Regina os comprimentou depois que desceram do carro e os conduziu para uma das casa próximas a praça. Ela estava visivelmente desconfortável e tensa com a presença dos dois predadores que a seguiam. os três andaram em silêncio até a entrada da casa.

A casa paredes brancas, em estilo clássico, tinha boa parte em alvenaria com colunas e fachada com quase uma dúzia de janelas nos dois andares, a varanda em modelo semi-circulo com uma escada que acompanhava o piso. A placa de Vende-se, visível ao lado do caminho que leva da calçada a porta de entrada, chamou a atenção dos vampiros que não falaram nada.



Regina teve dificuldade em abrir a porta que parecia emperrada, depois de girar a chave e alguns trancos os três adentraram um hall principal de uma casa vazia e enorme, mais bonita por dentro do que de fora, um lustre de cristais era a única ornamentação ali, porém a escada para o segundo andar, acompanhando a curvatura da parede, as duas grande sala laterais e o corredor a frente foi muito bem arquitetado.

Alexander não se contentou e assoviou, demonstrando a boa impressão que a casa lhe deu, Regina retrucou áspera dizendo que a mansão está à venda por uma quantia bem alta, longe da capacidade monetária deles.

-O antigo proprietário construiu um bunker no porão e trouxemos a lobisomem para cá. Não sabemos o que fazer, ela está se matando com as correia e a prata.


-Moça, que casa boa - falou alexander ignorando as falas de Regina.


-Nos leve até ela que posso tentar fazer algo - afirmou Peter, ignorando a casa.

Todos ouviram em alto o bom som a Loba agonizando no subsolo, Regina fechou a porta para evitar chamar a atenção dos vizinhos e Leroy surgiu no corredor conferindo que tinha chegado, ele segurava uma arma tenso.

-Porque demoraram? ou aquele bicho se mata, ou ela mata a gente!!! to quase acabando com ela.


-Calma Leroy o reforço está aqui. - Regina indicou os vampiros e depois indicou que eles avançassem para dentro da casa.




O grupo avançou, acasa era realmente majestosa, até a entrada da escada pro porão era decorada. lá em baixo não estava bem cuidado, algumas parte com o reboco caído mostrava os tijolos maciços demonstrando uma estrutura bem robusta.

Peter se perguntou porque alguém gastaria tanto para fazer uma bunker ali, o som da loba fez ele ter mais foco. No porão viu uma pesada porta maciça de ferro antiga pintada de verde, talvez década de 30 ou 40, com trava giratória. A porta estava aberta e a luz vinha do cômodo e sob a luz com um rosto de pavor Peter viu Emma, uma outra maga da cabala local.

Ao passar pela porta de Ferro os vampiros pararam, o cheiro do sangue invadiu suas narinas os excitando. Eles olharam com desejo para a loba que, apesar de presa pelas corrêas na cama do local, se contorcia autoinfligido graves danos a própria carne.

O local estava empapado de sangue a loba perdeu mais uma vez a vontade de lutar pela dor que a prata da correia lhe causava. não precisava sem médico para ver que ela estava quase morta, porém não ia desistir e se entregar.

Os vampiros se entreolharam, talvez verificando uma ao outro se não iam sucumbir a vontade de beber da loba. voltaram a avaliar a loba e se aproximaram achando seguro.

Ela chorava baixinho sem força, respirando com dificuldade como um animal em uma armadilha.

Peter, faz aquilo que você fez com ela lá na mina! Que eu chamo o cara que resgatamos. - Alexander falou de modo calmo, mas a loba reagiu mal, os vampiros entenderam que não foi a voz, mas foi o que ele disse.

Fala com a gente e podemos aliviar a sua dor. - explicou Peter. mas a loba começou a se mexer, seu corpo mudar de forma e crescer, ao passo que a prata enterrou mais na sua carne e pareceu queimar. Ela ganiu de dor lancinantemente e perdeu a força e o ímpeto voltando a diminuir de tamanho. Alexander tentou usar seu dom de animalismo para falar empaticamente com a loba, porém não teve sucesso, sem saber se não funciona com lobisomens por não serem animais, ou se ela que não quis responder nada.



Os magos ficaram mais enojados com cena e saíram do bunker. Peter e Alexander os seguiram deixando a loba quase morta sozinha. No primeiro andar da casa se reuniram da enorme cozinha para conversar, acabando votando sobre o destino da loba. Alexander disse que se fizessem um laço de sangue com ela poderiam ter algum controle. Peter lembrou que isso poderia proteger os vampiros mas não os magos. Leroy votou em matar a loba e se livrar do problema. Disse que também era a melhor ideia, mas sabia que o voto de Silver seria mantê-la viva e tirar o máximo de informações da cabeça dela sobre os inimigos.

Todos olharam para Emma que poderia decidir com seu voto se matavam a lobisomem ou se arriscaram salvá-la, para depois, cedo ou tarde extrair as informações sobre os inimigos. Uma estratégia lógica, mas muito perigosa. Emma estava enjoada depois de ver tanto sangue, reclamou muito sobre a decisão ficar em suas mãos. Preferiu ir a favor do líder da cabala votando para continuar tentando interrogá-la.

Mas a pergunta que ficou:



como fazer isso?