domingo, 9 de março de 2014

Conto - continuação da saga obelisco dos Deuses Ancestrais

O Grupo azarado, mas mais coeso.

Dois meses se passaram, apenas dois meses, mas como Cristor estava diferente. aliás ele sabia que todos do grupo estavam diferentes. Samira mais mansa, Gorim mais falador, Doeram menos mandão e Cristor quem diria, menos ganancioso. Tudo por causa daqueles obeliscos, que ao mesmo tempo que deu, tirou muitas coisas deles.

A brisa bateu no rosto de Cristor, ele olhou o limite do bosque onde a estrada faz a curva e some de vista, é de lá que eles virão ele sabia, da mesma forma que todos sabiam, mas cada um foi fazer o que sabe melhor para se preparar.
Gorim estava ali com ele, mas ao contrario de Cristor, Gorim estava sentado e encostado em um parede da guarita onde eles estavam, tirando um cochilo calmamente. Os dois se candidataram para participar da guarda da cidade e ajudar na vigia e, "por sorte" estavam juntos neste turno diurno, que apesar do calor escaldante, eram agradáveis a companhia e a brisa que corria.

Samira neste momento estava tentando convencer de que "Eles" viriam e tentaria destruir a cidade. Apesar de não saber quem eram "Eles", ou porque viriam, o que atrapalhava o convencimento de aumentar as defesas da cidade. Mas isso era certo "Eles" viriam.

Doeram foi ao povoado próximo buscar ajuda, de alguns mercenários para reforçar as defesas. o custo sairia do próprio bolso do grupo e cada dia de guarda traria mais gastos. Porém com certeza "Eles" estariam chegando no máximo esta noite.

As visões, cada vez mais comum e nítidas, ainda eram turvas. Quanto mais obeliscos eram tocados mais intuições e mais certezas. As outras pessoas ficavam menos inteligíveis, como eles conseguem ignorar todas "essas verdades que agora estavam escancaradas"? Porém agora não há a necessidade de pensar nisso. "Eles" que pareceu ao grupo, não eram humanos. Não poupariam ninguém. Não deixariam nada vivo... A não ser que o grupo fizesse alguma coisa.

As reflexões de Cristor foram interrompidas pela barulho de galope, Doeram estava de volta, vinha pelo caminho que "Eles" viriam. Arriscado, porém uma forma de se possível descobrir quem eram ou de onde vieram.
Doeram estava sendo acompanhado por no máximo 10, não vendo melhor 7 homens e uma mulher... Um riso de desconforto saltou da boca do Cristor e algo se mexeu no seu estomago, quase tirando o ar.

- Calma Cristor, melhor do que nada. Melhor do que lutarmos sozinhos. - Falou Gorim, largando o peso da mão no ombro do ladino franzino, pois agora já estava de pé e olhava junto do amigo a aproximação da pequena comitiva.


Pouco antes do anoitecer, todos juntos na taverna comiam fazendo barulho, conversavam alto e descontraídos, menos o grupo de quarto jovens aventureiro, que vieram do leste com novas sobre um possível ataque de "sabe lá quem, ou o quê!".
Cristor, Doeram, Samira e Gorim um pouco afastados do restante, mal tocaram na comida. Tensos olhavam para um mapa que dividia espaço com a comida. Estavam trajando suas vestes de combate, definindo estratégias de defesa. Isso incomodava o restante.

Quando um dos homens que foi contratado por Doeram se levantou pretendendo perguntar novamente sobre o pagamento, a terra tremeu forte.

Os quatro se olharam sabendo que o próximo obelisco surgira perto, mas também sabiam que isso significava mais uma coisa.

O sino da cidadela tocou chamando os guardas para suas posições.

O ataque começou.




















































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