Alexander Wood Prelúdio
Diário
Levanto-me no inicio da noite, e sento na beirada da cama com um suspiro de vida batendo em minha alma me fazendo acordar. É estranho dormir apenas durante o dia, e no geral parecer mais morto durante o sono do que apenas dormindo. Eu sei que tudo é muito novo para mim, principalmente a fome. Antes eu apenas iria até minha cozinha e comeria um sanduíche, mas agora sinto vontade de pular no pescoço da minha vizinha, do meu cachorro. Sinto-me um monstro por isso.
Eu fico confuso, lugares que não posso ir ambientes que não posso falar coisas que não posso mais fazer ou tenho limitações. É tudo estranho! E sinto uma falta da velha vida, ir a praia ver o por do sol, acampar no meio de um bosque, há como me sentia bem com isso. Porem no fim de tudo, ganhei oque eu sempre mais quis! A vida eterna...
Nos cientistas não temos onde se apegar quando a vida chega ao fim, simplesmente tudo acaba e voltamos à cadeia trófica de energia como alimentos para organismos decompositores. A vida eterna é cobiçada por nos homens da ciência diferente de fanáticos religiosos que acreditam em um falso paraíso. Nós estudamos e pesquisamos para achar um método de viver para sempre. E o mais engraçado, que tudo isso estava bem debaixo dos nossos narizes o tempo todo. Por sermos apegados demais à realidade e provas não conseguimos ver! Mas sim existe um mundo diferente do nosso, onde a criaturas imortais e com magias.
Eu fui agraciado por eles a pouco tempo, e estou fascinado e atormentado por varias coisas. Quem diria que eu apenas um homem de 23 anos Doutor em ciências biológicas, aconteceria isso comigo. Teoria do caos eu suponho! Se eu não tivesse ido acampar aquele fim de semana, e muito menos visto aquele lobo ferido na floresta, quem sabe nunca veria a criatura virar uma linda mulher, e depois me morder e sugar meu sang...! Acho que é abraço o termo que eles usam. Pôr ela me deu esse dom de viver eternamente, e virou minha mentora, guia e minha paixão, mesma que ela não saiba disso afinal sou horrível me expressar.
Diário do Doutor Alexander Wood, 23 de abril de 2017
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