quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Vampiro a Mascara - Abner 1965 - parte 2 Abner

   




Washington DC, 20 de fevereiro de 1965 PARTE 2

Por mais que Peter se esforçasse para se livrar se seu perseguidor, ele não o despistava. Estavam caminhando por horas, passaram por muitos locais diferentes, alguns movimentados e outros muito desérticos. Nesse tempo o perseguido tirou algumas conclusões. Um humano já estaria cansado, seu perseguidor era um infectado. Seu perseguidor provavelmente era experiente em caçadas, ou talvez, também tivesse a habilidade de aguçar os sentidos, permitindo manter a distância e não perder o rastros. Outro possível fato era de que ele não estava ansioso e também não era o tipo bem treinado fisicamente, do contrário teria usado algumas oportunidades e partido para o confronto anteriormente.
Seu perseguidor era do tipo inteligente e estrategista, queria ter certeza da vitória. Esperaria até o dia se aproximar, quando Peter iria buscar um refúgio e ali daria seguimento a algum plano já pré-determinado.
Outro fato é que ele também fez questão de manter a máscara (segredo sobre existência de vampiros) sendo muito sutil próximo dos não infectados. Logo é da Camarilla (outra seita de infectados). Caso fosse do sabá,estaria em grupo, seriam muito mais imprudentes e diretos ao ponto.
Com tudo isso, apesar de ter sobrevivido a diversos encontros como este, Peter sentia com sua intuição quase sobrenatural, que corria um perigo muito maior do que era acostumado. Precisava agir ou morrer nesta noite.

Uma placa vermelha com letras (ou símbolos) douradas na fachada de um restaurante, anunciava o bairro. Chinatown. Peter teve uma ideia. Conhecia um pouco dos becos ali e era mais uma chance de despistar. Os traficantes de ópio se irritavam fácil com estranhos por ali e isso poderia causar uma distração.
Peter entrou na primeira viela entre estreita entre dois prédios, o cheiro do lixo e o barulho dos ratos eram incômodo, porém também serviam de cobertura. Ali o médico correu fazendo questão de fazer barulho. Precisava chamar a atenção dos moradores dos três andares acima.

Antes de virar olhou por cima dos ombros e viu aquele que o perseguia com clareza. Homem com mais de 50 anos, palidez no rosto branco e largo, roupas clássicas, óculos de grau, corpo fora de forma. Talvez um Professor. Mas o sorriso sórdido e debochado mostravam seu divertimento. Peter tremeu ao ve-lo ali tão perto. Agora era pra valer.

O médico seguiu sua estratégia, batia forte em todas as latas de lixo de metal que encontrava nos becos, mas para sua decepção, nenhum grito de protesto nas janelas, nenhum grupo de chineses com facões e machados para ameaçá-lo.
Dentro de minutos ele estava perdido, encontrou um beco sem saída onde tinha certeza de haver apenas um alambrado de fácil transposição. Teve tempo de desviar e ouvir uma risada do perseguidor, sentindo triunfo. Mais alguns becos e um disparo.
Peter desequilibrou para frente, a bala passou perto da coluna entrando no seu pulmão. A dor veio depois e na confusão de sensações, jurou ter visto um homem grande e forte observando a cena do telhado de um prédio.

"Você não tem para onde ir!" Provocou o professor/caçador, autor do disparo preciso.

A resposta foi rápida. O livro caiu na poça, mas a faca de combate que estava na cintura de Peter foi arremessada para trás durante o giro de corpo. Mesmo sem mira, por sorte, acertou o ombro do infectado perseguidor. Este deixou a arma cair por causa da dor e do susto.

Ambos se encararam com raiva por um segundo. A excitação do confronto e a dor dos ferimentos deixavam as presas à mostra Involuntariamente. O vampiro perseguidor desvia o olhar e se curva para pegar a arma caída no meio do lixo. O vampiro perseguido, visivelmente mais forte e corpulento investe contra seu oponente como um jogador de football americano. Infelizmente seu oponente não era um humano, com força aumentada pelo sangue vampírico os dois se chocaram como rocha em um baque surdo. O perseguidor não caiu, mas deu dois passos para trás se afastando da arma no chão. Ambos urraram em fúria disputando força, os sons demoníacos ecoaram pelo beco sujo, molhado e desértico enquanto a chuva voltava a cair, agora com força.

Surpreendido pela força do oponente, certamente melhor alimentado, foi empurrado um passo para trás pisando em falso com o pé esquerdo em uma poça d'água. Seu pé deslizou para trás batendo com o joelho no chão. Tempo o suficiente para seu oponente arrancasse a faca do ombro, fazendo espirrar sangue sobre Peter,  depois desfechou um golpe forte cravando a faca próximo ao pescoço de Peter. O golpe tinha a intenção de ferir o topo da cabeça do vampiro que estava de joelho no chão, mas este evitou pior desviando a cabeça para o lado no último segundo. Se não fosse pela pele resistente a faca teria entrado quase até o cabo.

Um relâmpago iluminou o céu, projetando uma sombra sobre os dois vampiros. Um homenzarrão de quase dois metros que misticamente não fora percebido até aquele momento, sorria divertidamente com a cena bizarra e sanguinolenta do combate de dois mortos vivos.
Os dois olharam assustados e temerosos para o rosto sádico e sorridente de presas à mostra, com um terceiro olho arregalado na testa, dando a ele um aspecto monstruoso e maligno. Antes que pudessem reagir, o gigante esbofeteou o vampiro perseguidor com tanta força que Peter pode ouvir o maxilar de seu oponente se partindo no impacto. Este cambaleou para trás, soltando a faca e segurando a boca em seguida, surpreendido e desorientado.

Peter assistiu outros golpes entrarem castigando seu oponente, sem entender o motivo, mas buscando mentalmente uma rota de fuga enquanto curava suas feridas com o pouco de sangue que lhe restava da última refeição feita a alguns dias atrás.



Jogador

Personagem

Clã

Conceito

Imagem


Ulisses


Peter Lunbg


Caitiff

“Sem clã”


Médico



PR



Stephen Rogers



Brujah



Boxeador


Rafael


Robert Hoover


Ventrue


Empresário



Ramon


Santo "occhio" Oscuro



Lasombra



Espião


Marcel


Richard F Kennedy


Ventrue


Empresário



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