sábado, 17 de agosto de 2019

Vampiro a máscara - Invasão a Washington DC e Vampiros Sob nós (8)



Sessão 8 - Sincario


O carro, em alta velocidade, de Sincário está seguindo o carro batedor e um carro de escolta o segue,
são carros novos e seguram bem nas curvas, não há luz na região, fora cortada pela própria equipe de
Sincário conforme o plano. A adrenalina no sangue dos homens os deixam ansioso a cada curva. o
ambiente externo é só estrada, árvores.
“Merda!” xingou Barriga ao lado de Sincário olhando para fora, os outros que estavam em silêncio até
agora começam a resmungar “Será que pegaram alguém?!” pergunta Dino do outro lado do sincário,
enquanto confere pela milésima vez a trava do fuzil. Sincário percebe o olhar enigmático e temeroso
de Luther pelo retrovisor, mas só com o movimento do queixo indicando para frente Luther volta a
prestar atenção fixamente na estrada, apesar de ser o melhor motorista da gangue, naquela velocidade
e naquela escuridão não é incomum um acidente.


De repente sinal no rádio, o batedor viu luzes azuis e vermelhas entre as árvores, e provavelmente vão
se encontrar com eles na próximo cruzamento. Luther rapidamente orienta todos a agrupar, aumentar a
velocidade e apagar as luzes ao comando dele. Sincronizados como um único automóvel ante de
chegar ao cruzamento se apagam e passam rápido pelo cruzamento. Os homens preparados para o
confronto veem, as suas costas, os carros da polícia virando a curva e indo para o lado contrário.


O alívio toma conta dos lacaios, mas o vampiro continua tenso. “As coisas deram muito errado” pensa.
Como o sangue não fez efeito? talvez os guardas não tivessem visto ele, talvez eles não receberam as
canecas com o sangue, tanto trabalho por nada?


De repente sincario sente um arrepio costumeiro, muitos rituais de comunicação tremere causam este
tipo de desconforto, em segundos a voz de Dimitri invade sua cabeça:
  • Olá Sincário, Aqui é Dimitri. Espero não estar atrapalhando. Eu ligaria se o assunto não fosse
importante, mas como bem sabe, não confio completamente na tecnologia para tratar de
assuntos da família!


Dimitri espera um tempo enquanto Sincario, mudo, tenta não reagir a surpresa desta comunicação
telepática abrupta. Sincario juntou meia duzias de palavras na mente para responder, mas nada saiu
de verdade, dimitri continuou:

  • Sincario, preciso saber se esteve com Olga hoje…
  • Não - Responde o Vampiro, retribuindo os olhares de seus Lacaios que não tinha ouvido
nenhuma palavra de Dimitri, somente da sua negativa monossilábica de Sincário.


  • Tem certeza Sincário? - Reforçou Dimitri de forma serena - Estou muito preocupado com ela,
fiz meus rituais taumatúrgicos para contatá-la e não a encontro nesta cidade, talvez não esteja
nem mesmo neste mundo… você, como Tremere, sabe que ninguém do nosso clã consegue se
esconder dos anciões, por isso acredito que ela não esteja mais entre nós.


Sincário tentou não pensar na morte de olga, já que Dimitri estava em comunicação telepática talvez
poderia captar algum pensamento e isso seria terrível, não porque ele se arrependesse, mas porque
Sincario em fuga, não gostaria de lidar agora com o clã em sua caçada, não ainda. Ele se concentrou
e ficou calmo respondendo em voz alta como se fosse coisa normal, indicando por movimento das
mãos aos seu lacaios que ficassem quietos:
  • Tenho certeza Senhor Dimitri! Última vez que vi Olga foi na reunião após o conclave.
  • Sincario… Não estou convencido disto. - Respondeu de modo menos amigável. - Hector entrou
em contato comigo no início desta noite, segundo ele Olga o convidou para visitar o muquifo que você
chama de refúgio, atrás de verificar resultados da missão dada a ti pelo clã, ele informou a ela que seria
perigoso, dado o último ocorrido quando foram pela última vez lhe chamar em nome de Joseph e pediu
que ela não fosse. Mas a temerária e estúpida Olga preferiu ir sozinha e agora, nem mesmo pelos rituais
taumatúrgicos próprios de regentes consigo contactá-la… Isso me faz acreditar que algo deu errado na
tripudiação, totalmente desaprovada dela.


Sincario continuou calmo e não respondeu. Estava claro que Dimitri já tinha dados passos a sua frente.
Apesar da Olga ter recebido o que merece e que nunca será achado qualquer prova física para ligar o
sumiço de Olga com sua destruição, eles está ciente de que os Tremeres podem invadir mentes e
retirar segredos sombriamente escondidos e agora é questão de tempo até o clã lhe capturar.
  • Dado o seu silêncio e reflexão, creio que não tem nada para dizer em sua defesa, então prefiro
ser sincero, já informei ao príncipe que você é procurado por quebrar uma das nossas tradições, ele
como não está com cabeça decretou que os algozes matem você. Outra boa informação, contactei
Dandolo, seu primeiro mestre, na escócia ele deve chegar em dois dias para dar cabo de você com as
próprias mãos… Quem será que vai acabar contigo primeiro, os algozes ou o seu próprio clã?


  • Mas não há provas que eu a matei ela pode ter descoberto um ritual para se esconder e talvez
seja isso que Hector e Olga querem, uma vingança sem nem mesmo sujar as mãos!!! - Retorquiu
Sincário com sagacidade.
  • Bem pensado Sincário. Sei, que você sabe, que não preciso de provas para me livrar que um
peso morto para o clã como você. Nossa estrutura precisa de uma base forte e coesa. Um mentiroso
como você faz o clã enfraquecer, já que nem escolher lacaios fiéis, ou inteligentes você tem. Meu
lacaios tiraram da internet o vídeo de você destroçando Olga com os próprios dentes, mesmo ela
estando um tanto… baleada, não é mesmo?! interessante é o usuário que coloca diversos vídeos
funestos na internet de violência gratuita, abusos de drogas, até de estupros… usuário ativo este
tal de “Gangster underline orelha” você conhece Sincário? - enquanto dimitri falava Sincário lembrou
da cena em que deu a ordem de Vichenzo atirar em orelha, pena que foi no joelho apenas. - Bem até
mais Sincario, espero que tente se inocentar neste dois dias que lhe restem.


Pelos olhar dos demais homens no carro Sincario sabia que eles pouco entendiam do que acabou de
acontecer e ele não iria explicar, isso na verdade não importava, era necessário chegar ao refúgio
pegar o necessário e se defender dos que viriam até seu refúgio pois a guerra chegou muito antes
do previsto.


Chegando em greenwich eles encontram um engarrafamento se formou por causa de bloqueio de via,
uma blitz parava todos os carros, aparentemente os humanos já estavam se organizando para capturar
os ousados criminosos que tentaram invadir uma prisão de segurança máxima no ímpeto Dino falou pra
tentar furar o bloqueio, mas ao longe se via muito carro da polícia os 2 fuzis que esse pequeno comboio
tinha não era suficiente, Luther disse que tinha uma ideia e guia o grupo para longe do bloqueio, o
percurso que fizeram levou uma hora e meia a mais do que o normal porém conseguiram chegar no
refúgio sem confrontos.


No refúgio, “Velho John” recebe o grupo aflito e vai direto a Sincario de modo incomum, diz que ali não
é mais seguro, informa que sabe de tudo pois no noticiário mostrou que homens foram presos e eles
provavelmente vão falar já que nem todos são da gangue. Sincario entrar no seu refúgio se sentindo
mais feliz, só por ter retornado a um lugar mais seguro. Velho john continua falando agora em particular,
dizendo que tem tudo preparado para passar o dia em outro lugar. Quando sincario quis saber como e
quando o velho tinha conseguido um lugar seguro, John responde que acumulou dinheiro que o próprio
Sincario dava a ele, porém em vez de gastar com mulheres e bebida, comprou uma propriedade e
preparou para emergências, mas foi enfático que é necessário levar só os mais fiéis por segurança.


Sincario ficou dividido, não pensava em abandonar seu lar, extremamente apegado ao local e a região,
pensou muito sobre a sobrevivência ou sobre lutar até o fim para manter o local, estava quase tudo
perdido, não importaria mais fugir. Mas no fim foi convencido pelo velho que estava aparentemente
tomado de adrenalina e ficou falante e convincente.


Uma hora depois eles subiam as escadas para o velho apartamento, não era muito distante do refúgio,
mas a distância era segura, além de que seria apenas para um dia já que a noite estava quase no fim e
quando anoitecesse novamente Sincario daria o troco aos Tremere a Camarilla e quem mais estivesse
no caminho. O grupo que acompanhou sincario e o Velho eram Dino e Barriga, Luther ficou no carro
para vigiar qualquer movimentação estranha. não havia barulho no prédio, sem câmeras, um
apartamento com a porta aberta ficava claro que tinha sido abandonado e depois invadido, mas os
Guarda Costa de sincario poderiam lidar com qualquer invasor enquanto o sol estivesse brilhando.
O apartamento era pequeno e sujo, o cheiro de que estava fechado a bastante tempo, lá tinham armas
escondidas e comida enlatada em umas caixas, o quarto preparado para um vampiro passar o dia um
armario estava na frente da janela e sacos plásticos pretos presos na parede mostrava que ela estava
completamente vedada.


Sincario levou tempo para dormir, não estava acostumado a ficar longe de casa, a cama não era
confortável, mas sua mente estava trabalhando em diversas possibilidades do por vir. O dia foi
chegando e com ele o sono entorpecedor que vampiros que se distanciaram da sua humanidade
tem, Sincario dormiu. Um sono sem sonhos, mas algo perturbou esse sono, ele sente movimentação,
não conseguiu acordar, algo estava dando muito errado, lutou contra o próprio sono, mas foi impossível
acordar. Pensou ouvir a voz do velho john calma em sua mente e voltou a dormir pesadamente.


De Repente dor! Sincario acorda, nu e preso na cama por algemas, uma estaca negra cheia de runas
fincada no peito do lado direito, se fosse do outro lado estaria paralisado até ser removida. ainda zonzo
pelo sono olha o quarto está com a luz acesa, não dá pra ver se é dia ou já é noite. vê john sentado em
uma cadeira e ele está armado com o fuzil, cheiro de sangue no quarto. Sincario tenta falar e perguntar
mas as palavras saem enroladas e john se levanta e fala com muita calma:
  • Calma Sincario… está tudo bem… ainda temos uns 20 minutos até o “dardo da paz eterna”
chegar ao seu coração, já fiz isso muitas vezes e coloquei ele na distância certa - o vampiro ciente do
perigo dessa arma Tremere, tenta se mexer, mas a farpa se move dentro do seu peito e a dor tira todas
as suas força no momento - Quanto mais você se mexer mais a farpa vai se apressar para chegar ao
destino...
Sincário não reconheceu o modo de falar, não era o velho john resmungão. apesar do corpo ser dele,
o falar, o andar, a frieza, quem era essa pessoa que assumira o controle de John?
  • Quem... é você? - balbuciou o vampiro, enquanto John ia para o lado do armário que bloqueava
a janela, colocou o fuzil apoiado na parede, ficando com as mão livres.
  • Eu? não reconhece um superior Sincario? Sou eu, seu líder... Dimitri! - Sorriu o velho John se
divertindo com a pergunta, ele empurrou sem muita dificuldade o armário deixando a pena o plástico
negro tapando a luz do Sol de entrar no quarto - sou eu desde ontem, foi interessante ver o quanto
você não conhece seus lacaios… você é tão despreparado para esta cidade, incrível como viveu por
tanto tempo!
  • D… Dino, aju… AAahh… Ajude!!! - outra pontada aguda no peito e Sincario tenta debilmente se
livrar das algemas.
  • Pode chamar, mas eles vão ouvir tanto quanto Olga ouvirá… os matei antes de te preparar para
o beijo do sol. Onde está sua coragem Sincário? Não é corajoso para enfrentar e quebrar nossas
regras? - John dominado por Dimitri agarra uma das pontas do plástico olhando fixo para o vampiro
se debatendo na cama. - Você não é poderoso para se virar contra o clã? Acreditou mesmo que eu ia
esperar o príncipe ou os algozes te pegarem? Acreditou que teria dois dias depois de deixar seu lacaio
quebrar a máscara colocando vídeos na internet? Porque você acha que ficamos tão interessados de
repente nos seus negócios? Porque você acha que os caçadores chegaram até você? - Agora John
falava com raiva, babando enquanto cuspia as palavras em direção de Sincário seu olhar tinha algo
de raiva, mas também de pena, no fundo o john sem conseguir se controlar se compadecia do seu
mestre. Se ele fosse mais forte, se ele fosse mais convicto conseguiria evitar que aquele demônio
em sua mente controlasse seu atos. - Agora pague pelos seus pecados contra os vampiros
SINCARIO!!! PAGUE!


Mesmo sob protestos gritados pelo vampiro que esperneava de verdadeiro horror, John devagar, puxou
o plástico da janela, a luz do Sol invade o quarto tocando a pele desnuda do vampiro queimando-a
instantaneamente, ficando vermelha com bolhas e fumaça levantando das feridas. A dor indescritível
desfigura o rosto do vampiro, enquanto ele tenta se livrar da luz do Sol já descontrolado como uma
animal enfurecido. John tira todo o plástico e assiste a morte do seu mestre.


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